terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Queria dizer 
Dizer que Hoje acaba a estupidez
Dizer em crescendo com o acontecer em gestação
Dizer que Amanhã não haverá lugar 
Para certezas amofinadas 
Envoltas num continuum... 
Para deterministas elucubrações ! 
Dizer Liberto num voo de uma borboleta
Que a Tempestade é dos aventureiros
A chuva dos sedentos e 
O vento dos audazes.
Na mais leve brisa
Vai uma folha fugaz 
Dizer na Invernia
Que o Outono que a faz
Tem Primaveril pertença...
Mas nunca teve um rumo
Nem tão pouco um destino!
Queria dizer que nos entre()tantos
Espero o desconforto 
A liça sadia, o resmungar de um sábio,
A interrogação de um simples!
Quero dizer, então, que venham badaladas
Com cacofonia, rasgados risos e choros,
Que venham PORRA 

Mas que nunca me avisem ! 


quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Geneológicamente capados.


Desbravei o que consumo.
Nesta festa polarizada ,
Desmesuradamente quadrada
Arredondo meus cantos
Na sinfonia que me faz
Assim
Um ser domesticado.
Mastigo papéis, recados
Outras coisas mais,
mais outras
Menos introespetivadas.
Quase corrompido
Um peru recheado, um ganso...
Um pato,
Assim me queiram!
Estapafurdido
Vomito as entranhas estranhas!
Da quadratura
Guardo apenas sensaborias
Fórmulas ionizadas
Nuvens descargadas.
Sou o receptáculo
De um novo circense maquiavel
Um mesclado de "steve mark gates "
Porta entreaberta
com NOR Ao comando.
Eunuco por Venturas
Geneológicamente ceifado
Da suprassumidade...
Essa inconveniente indefinição!

aindaeu

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

A Não-pertença
Sou daqui, de onde broto
Neste universo que me define
Vivo cativo no mitocondrial encadeamento de ser.
Não pertenço, apenas defino-me.
Inquebrantável ... Do tamanho do sonho que me move
Assim são feitos, poucos pensamentos, sim, mas duradouros
Nem sei se isto é bom, mas sempre somos acossados por outras realidades
Esperando-as e sabendo-as ... para um dia, a entranharmos ....
O assédio apresenta-se sob diversas formas. 
Uma forma de assédio em voga nos tempos que correm, é o assédio ideológico... Nada mais conveniente de que uma mente empobrecida pela dispersão de valores.
Estranho, obviamente, de como todo o processo pode ser consentido por mentes que deveriam ser livres, e por pessoas que deveriam saber desbravar caminhos.
Não sou nenhum exemplo de perfeição, mas quem me quiser, tem de pagar o preço do intercâmbio... Dou-me, sim... mas com todas as minhas facetas.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Jamais esquecera aquele teu sorriso
O teu sorriso liberto e indiferente
à tez que o trazia
Jamais esquecera que me ensinaste
que neste caminho
Não existe nem existirá
passeio que nos separe
Pois caminhamos lado a lado
Jamais esquecerei aquele punho brandido em Berlim
Do orgulho contava o feito
Era meu
também...
esse punho...
Jamais esquecerei que nada nos rachou
Nem o tempo, nem o carcereiro, nem a morte!!!
A estrutura da tortura é fraca
E a da alma Justa é estóica!
Esqueço-me sim...
é de quem nos quer lembrar
Sem jamais ter tido a bravura
De ser solidário ao teu lado, Irmão!
E não sabe que houve um punho
E nem que o soubesse
Jamais seria o seu!!!
E não esqueço...
Apenas demoro...
Aqui,
Junto aos meus...

Fair well Madiba!

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Digo Não
Digo não ao café pela manhã
Aos sorrisos inquietos,
à solidão das mãos entrelaçadas
Ao mais leve sussurro no meio de uma noite de sono
Às carícias que tardam,
ao palpitar cadenciado
De quem nada sabe...
Prometo
prometo que não  procurarei onde não me quiserem
prometo ser vazio da mais leve intenção de querer saber
e ainda prometo ser sombra do nada que foi.
Assim
Esmurro os calcanhares na mais leve pedra
Desfaço os olhos no breu mais profundo da tua noite
Calcino os lábios no frio polar do teu alento
E sumo esquartejado pela pele do teu gume!
Como gosto tanto da dor desse teu não-amor...
Como é bom saber que nunca foste!

Abraço do Vale

sexta-feira, 15 de março de 2013

Faz vento...
albaroam-me os pecados,
silenciam-me as vontades
se sentir não fosse nada
matavam-me por dentro!
ofusca luz, a que tendo a desenhar...
Esses montros do acaso
matadores de tábua rasa
beslicaram rugosas feridas
mastigaram pálidas ermidas!
Perene caos que me adormece...