segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A lama do tempo que nos deram

o rosto vazio de coisa alguma,
encaro da lama
onde chafurdam os mais normais vizinhos de labuta,
um sol cinzento e um cheiro a vento.
Este brilho de choro a terra feita mar,
ganha na chuva o seu poderoso aliado,
e cresce feito torrente...
fundindo-se nas nuvems frescas ,
aroma de um outono .
Tenho a pele coberta de uma cor,
e na pele o sorriso de um sol que m'esqueçe.
açendo o meu candeeiro,
e vejo no espelho perdido pela minha vontade,
um espaço de parede exibindo
minha única primavera...
mas a ruga traiçoeira,
guardou mil pensamentos e
sabe-me a novembro
esse abril encalhado.

outroeu