segunda-feira, 22 de julho de 2013

Digo Não
Digo não ao café pela manhã
Aos sorrisos inquietos,
à solidão das mãos entrelaçadas
Ao mais leve sussurro no meio de uma noite de sono
Às carícias que tardam,
ao palpitar cadenciado
De quem nada sabe...
Prometo
prometo que não  procurarei onde não me quiserem
prometo ser vazio da mais leve intenção de querer saber
e ainda prometo ser sombra do nada que foi.
Assim
Esmurro os calcanhares na mais leve pedra
Desfaço os olhos no breu mais profundo da tua noite
Calcino os lábios no frio polar do teu alento
E sumo esquartejado pela pele do teu gume!
Como gosto tanto da dor desse teu não-amor...
Como é bom saber que nunca foste!

Abraço do Vale