quarta-feira, 12 de outubro de 2022

 

Um 1/4 que até é meu

Este canto onde me sento é de luz ténue ,
Lâmpada de teto, 
chão de restos

almofada de mortalha.

( suspiro)

A inquisidora parede não tem janela,

Espia-me outra de portadas cegas

( viagem)

A velha madeira 
companheira falante

suporta-me os pesadelos

os sonhos e os devaneios

 ou nada suporta,

apenas range cansada.

( horizonte)


Este canto que crava silêncios na minha ausência
é canto doutroeu,

melodia sussurrada 

ou poiso vagabundo.

( Gaia)

Descalço, escrevo meus calos neste chão. 
(Incolor)

bárbaros fios entrelaçados,
Tempestuoso mar de energia

( inquietação)

 
Esta voz que esbarra

No ar que me sufoca,
É ténue eco num tabágico nevoeiro !

( chuva)


Solto uma chama mais...

será liberdade num último aperto?

esgano pulmonar?
Pouco importa.

( gemido)

Os calos fervem, na parede vazia, e,

da janela fechada espreita o sol...

( germinação)

Aqui, ainda sou eu.

( nasce a flor)

Duartenovale revisitado. Parti de um texto meu de 2010, com o mesmo título, e como é evidente não podia sair a mesma coisa. Continua a ser lixo poético ( a poesia do lixo), mas é TODO meu! 

terça-feira, 11 de outubro de 2022


 

Miradouro em Vila Flor, sede do meu concelho. Ao fundo a branco fica o Vale. Nessa altura do ano, o nevoeiro pode deixá-lo coberto por mais de 15 dias. 

 Boa Tarde!

Regresso a esta plataforma, pois as outras ( as novas) têm vindo a desagradar-me bastante. 

Ora é publicidade, ora é jornalixo, ora é publicações inócuas e os meus amigos ( sobretudo aqueles que venho seguindo há já algum tempo), o diabo do " algoritmo" esconde-mos na cronologia! 

Depois, há a " censura" ... 

Lembrámo-nos do famoso quadro do Courbet, " A Origem do Mundo" que os censores decidiram " apagar". Foi um daqueles momentos, bastante escrevinhado na imprensa, e que causou celeuma quanto baste ( ainda bem que causou!!!). No entanto, com a chegada dos " bons costumes" ( dizem eles), novos atores entram em cena. Muiiiitooo zelosos e muiiitooo pouco conhecedores do oficio de " filtragem".

Acabamos por ver m€r...s que não lembra o diabo! Um exemplo: sigo uma página que é estóriasdaestória porque interessam-me assuntos que a minha parca educação académica não me ensinou e o fa..coiso resolveu retirar do ar porque não respeitava não sei bem o quê ( julgo que se tratava da veracidade da informação). 

Ora bem, eu que sou uma pessoa atenta e curiosa, tenho por hábito confirmar a informação. E... para espanto meu, o f... coiso  enganou-se!!!

Dito isto, regresso aqui, porque estou farto de lixo. Aqui se houver algum lixo, será TODO MEU!!! Abaixo o lixo alheio! Viva o meu lixo!!! 

Fartei-me! Bom... dito isto, e depois deste desabafo, cá estamos. Poucos, mas bons! 

domingo, 14 de abril de 2019


Sol Azul 
De regresso ao duartenovale.
O Vale mudou ou os olhos mudaram, ou a Alma quer ver e nada se lhe perfila. Temos todos andado pelas redes sociais com a ilusão de que podemos criar novos laços, chegar a mais pessoas. Nada mais errado. Os comentários ficam-se por uns emojis ( nalguns casos) os likes são meras formas de despachar o assunto para não termos de pensar muito. Basicamente a preguiça mental instalou-se. Hoje em dia escolho trilhar outro caminho. A minha "apartidarização" , depois da militância, é simplesmente fruto de uma evolução natural. Só me revejo em alguns pontos de todos os partidos, formando assim um mesclado de semi-verdades, ou melhor: uma manta de retalhos na qual inquieto me acomodo sim, mas sempre na minha viagem do desassossego.
Ser vadio como o vento, dá fome. Onde houver banquete passarei... mas não posso passar por tudo pois só sou um. E se fosse muitos não seria eu.
Vou almoçar , bom Domingo para todos.   

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Onde mora o Rio que nos banhou? 
Onde foi soprar aquele vento suão?
Onde foram cantar as cigarras, as rãs, daquelas noites?
São ecos... são ténues impressões digitais de um Deus nosso. 
Peguei na canoa e subi outro rio 
Sem esforço consegui redescobrir o Rio... é um riacho , eu sei
Mas tem a força das palavras sentidas
É tão impetuoso como o ribombar dos trovões que nossos risos desafiavam.
E tão nosso , como o é o que nunca nos deixou: 
A Vontade de Sermos Inteiramente parte de um Todo, 
Que em nós, nunca deixou de brotar!

Um rio d'Abraços.
O AMOR

SE A CADA PALAVRA TUA
(QUANDO CONVERSAMOS)
JUNTASSE UMA NOTA MUSICAL
DANÇARÍAMOS
A MAIS BELA MELODIA...
E SE A CADA PALAVRA
UM SILÊNCIO
A CADA SILÊNCIO
UM GESTO
A CADA GESTO 
UM OLHAR

A CADA OLHAR
UM SORRISO
A CADA
CADA
UM TODO...
DANÇARÍAMOS?


Abraço daqui.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

O último cigarro... vazio como muitos. 4 da manhã... daqui a 3 horas irei iniciar mais um dia com outros cigarros, mais vazios e a certeza de que no crepúsculo tudo será idêntico. Dar não é fácil e não posso esperar receber, muito menos esperar que dos céus surja contentamento... pois do céu vem chuva ou sol, e já não é mau! Mas com tanto dia, teimo em espreitar a noite, beber das estrelas e deitar-me num quarto minguante. Vou ...  

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Dos Verdes aos Maduros
A viagem esqueceu o Porto
Esqueceu o Rumo
Esqueceu Recordar-se...

Desfez o Timoneiro 
Nos nevoeiros da incerteza 

Das amarras ( raízes de alguns )
Gritam os anos, o Tempo ( carrasco de muitos)
Mas a viagem transcende 
E da mudança... pouco lhe importa

Chronos trabalha
Sem o propósito da Luz...



Abraço daqui.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Agora... 
somente agora posso dizer
somente agora posso sonhar
somente eu estou no Agora
A companhia de mim tem muito Agora...