tenho nas cordas suspensas
dedos perdidos dos passos incertos
cantam poemas
mas nem sempre os sinto
nem sempre sou sincero
por me perder em ti, esqueço-me
não me lembras o calor
nem tão pouco o frio
lembro-te apenas indiferente
lembro-te melodia fugidia
lembro-te palavra sussurrada
contra o vento vadio
esgueira-se pela brecha aberta
teu tempo teu ser em teu corpo suado
mantenho nas mão cerradas
o meu sopro caricia fado interno
neste morno lume vou ardendo inquieto
ser de ninguem é ser teu em ti renascido.
abraço do vale(já sem febre) imagem tirada de diariopoetico.weblog.com.pt
dedos perdidos dos passos incertos
cantam poemas
mas nem sempre os sinto
nem sempre sou sincero
por me perder em ti, esqueço-me
não me lembras o calor
nem tão pouco o frio
lembro-te apenas indiferente
lembro-te melodia fugidia
lembro-te palavra sussurrada
contra o vento vadio
esgueira-se pela brecha aberta
teu tempo teu ser em teu corpo suado
mantenho nas mão cerradas
o meu sopro caricia fado interno
neste morno lume vou ardendo inquieto
ser de ninguem é ser teu em ti renascido.
abraço do vale(já sem febre) imagem tirada de diariopoetico.weblog.com.pt
12 comentários:
Duarte,
Ainda bem que a febre passou... este poema revela-o também, mas aqui, sinto eu, resta uma certa melancolia.
neste morno lume vou ardendo inquieto
ser de ninguem é ser teu em ti renascido.
Muito bonito.
Um abraço
és um poeta... o meu poeta :)
como a meg diz ainda bem que a febre te passou :)
beijo para o Vale
p.s: primo ainda ando a matutar um daqueles comentarios magnificos ;)
Já é bom a febre ter ido embora...
Quanto ao poema, foi bom ter ficado!
Um abraço.
Estou suspensa, Duarte...
Há palavras que nos vão descendo pela pele. Como estas!
Abraço da serra
(Tiveste febre?! Ai... As melhoras)
Há muito tempo que não lia palavras tão bonitas... do vale...
:)
As tuas melhoras
Um abraço
a musica...
embala-nos com o seu dócil trovar... gostei caro duadu... para acompanhar este poema estou a ouvir Nirvana "come as you are"... um remate sublime...
:D
Gostei muito de ler este poema. Há frases/versos maravilhosos! Gostei particularmente deste: «o meu sopro [caricia fado interno»...
Beijinho
ardendo em morno lume, ou em chama viva de vulcão, são os versos que te lembram, que a música se faz das carícias da inquietação...!
Gostei, amigo (muito)
Beijo pro vale
Tens alma de artista e és de facto um artista ! Parabens ! e um artista progressista que ainda é melhor!
Abraço!
A febre em determinado contexto, é boa.
Liga-nos como seres humanos.
É uma reacção natural/instintiva que nos protege.
Abraço,
Zorze
Denso, mas certo.
São versos que possuem um elevado grau de veracidade, e isso cala dentro, até dói.
Satisfaz-me saber que estás recuperado.
Abraços
Ganda Duarte, ganda poeta !!! e progressista, boa, continua!!
Abraço!
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