Ai a Poesia! 

São timoneiros os que a declamam, capitães os que a escrevem e 

navegadores os que avidamente a sorvem. 

Tenho tido uns encontros felizes com a poesia: 

ora no acaso da viagem, ora na louca transgressão da palavra escrita. 

Não tenho regras. 

Nunca as tive , pois ler e escrever é, em mim, um ato impulsivo. 

Respeito a conservação lexical, a almofada gramatical e a sintaxe ordenada. 

Mas não sei nada disso 

e não me peçam para saber!

Gosto da confortável desordem com que alinho as ideias díspares no meu fraseado léxico! 


Há nos académicos toda a ciência necessária para descodificar as escritas várias, 

mas há nas escritas várias algumas tresloucadas que desafiam a ciência dos já citados académicos. 


A borrasca é selvagem, mas passageira, 

já a tempestade ,essa, mesmo que sendo igualmente passageira, obriga a seguir descontrolado. 

São estas odisseias no acaso que transformam o remanescente em mensagem a ter em conta. 

Os que partiram, não voltaram e foram esquecidos pelo tempo, já não são tripulantes

São mitos na viagem. 

Ai a Poesia! Como é bom ser o louco que a lê, escreve ou ouve 

E não se amarra amofinado! 


Duartenovale, 

08/08/2025 Santa Comba de Vilariça. 


Fotografei o Aurelino Costa no Diana Bar a dizer de forma brilhante António Nobre ( Georges! Anda ver o meu país de marinheiros).    

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