O regresso dos burros. 

Havia algum tempo que os animais estavam desaparecidos. Por aqui, no Nordeste, já são raros, pois a última vez que passei por um de quatro patas, já deve ter sido há pelo menos um ano. 

Como é evidente a evolução darwinista não deixou escapar os burros. 

Embora tardia acabou por acontecer. 

Os que andavam de quatro patas deram lugar a outros que caminham emproados em cima de duas patas e que já não exibem aquela pelugem dos ruços, nem as orelhas asininas, têm mãos e pés e até se sabem vestir como nós. 

O mais espantoso é que estes já não zurram: falam! 

Sim pessoal, eles falam! 

É verdade que por vezes não são nada inteligíveis e isso dificulta a comunicação. 

Também é verdade que os seus propósitos não são os mais acertados, nem sabem de moral e tão pouco de ética. 

Mas o que queríamos? Queríamos que saíssem acabadinhos e polidos? Isso não é possível. 

Há que dar tempo para o cérebro evoluir o suficiente. Neste momento já começamos a ouvi-los. 

Cabe-nos agora a domesticação a fim de procedermos ao ensino dos novos burros. Quando menos esperarmos, lá estarão eles a ficar com mais bagagem. 

Não devemos assustar os animais. Devemos sempre mostrar-lhes o caminho da manjedoura e do estabulo, pois ainda não sabem das boas maneiras. 

Os burros regressaram! Vivam os burros! 

Comentários

Ana Tapadas disse…
Olá!
Belo "post"! Fico encantada com este regresso.
Beijo
Duarte Braz disse…
Olá! A partir de hoje vou tentar aparecer por aqui uma vez por dia.

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