domingo, 12 de setembro de 2010

Domingo


hoje é 12 de setembro, bem podia ser 13... mas como ontem estivemos no dia 11 , hoje, inexorávelmente é o "pós aquilo" ou o "pré coisa e tal".

Não que queira minimizar qualquer data ou acontecimento, somente que ,para cada acção temos uma reacção. umas lentas ,outras relampago, umas maquiavelmente arquitectadas ,outra cirurgicamente montada e levadas a cabo... e depois há as outras, aquelas que ainda não aconteceram( talvez por ainda não ser dia 13).

Mas adiante, é Domingo. sinto-me mais velho qualquer coisita. A missa , como costume não esperou por mim. O campo ( onde reside toda a magia da gênese) esse sim , acontece com gente e outros "não gente"( mas não menos importante que as anteriores).

Esqueço o mar (que há bem pouco vi), recolho a fruta que uma Primavera florida e um verão tórrido, se encarregaram de adoçicar.

Voltando ao dia de ontem.

Olhando para a televisão, ouvi coros lindíssimos, rostos emoldurados numa profunda(e real) tristeza, não vi o "outro"( aquele que criou as condições para haver imagens e consequencias REALMENTE tristes)... deve andar a contar carneiros(pois carneirada não falta). Pela tarde , depois de uma manhã de empenho na vinha, fui ao meu barbeiro(um de dois que costumo frequentar) , estava de descanso. visitei um amigo , falamos da diferenças de costumes entre povos, e segui novamente para o Vale... a noite chegou e bem depressa hoje tornou-se ontem.

Neste 12 que ainda teima em não ser 13, vou pensando nos dias , nas semanas, nas estações do ano...no Tempo.

Amanhã terei a minha consulta de especialidade, que o SNS teima (faz 3 anos) em não agendar.

Não tardará muito, setembro irá ser mais uma promessa, um marco de encontro e desencontros, se até lá chegar.

Hoje , é um número.

Abraço do vale

5 comentários:

Ana Tapadas disse...

O texto é excelente, a visão do mundo é a de quem tem ideais!
Beijo

utopia das palavras disse...

Fabuloso Duarte o que acabei de ler. Uma confissão descarada de um aniversariante que se abre ao sentimento e à constatação real do seu ser. Amei, amei...adoro a subtileza com que me cravas palavras no peito!

PARABÉNS! (mesmo que hoje não seja 12)

:)) Beijo GRANDE

Fernando Samuel disse...

É bom não esquecer certas datas...

Um abraço.

Anónimo disse...

Um abraço Duarte,que belo texto.


Lagartinha de Alhos Vedros

duarte disse...

tenho alguns Ana.
abraço.

Utopia
Foi de facto. as palavras valem o que valem, os números são sempre incontornáveis.
abraço.

Fernando Samuel
Nem que queira, algumas datas nunca caem no esquecimento...
Embora não me lembrasse do Bento.
Sempre fui bastante autodidata, e tive a sorte de me cruzar com gente genial no meio das minhas vadiagens. A minha chegada dos Bairros sociais para um meio estudantil, de França para Portugal, de uma cidadezita para o Porto, abalou a minha fragil estrutura de adolescente irrequieto e indisciplinado. A História de Portugal (Tal como a lingua ) era-me (quase) totalmente desconhecida. O Tempo encarregou-se de me ensinar o pouco que sei.
abraço.

Lagartinha!!!
Obrigado por gostares.
Abraço Grande.