segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

janela aberta com persiana corrida

quando as tuas tardes são minhas manhãs, pinto girasois na tua janela virada para um futuro possível...
quando no alto do teu castelo, princesa, apelas, respondo com o mais sonoro sorriso e o mais envolvente abraço...
mas quando em ti nada mais existe, senão ganancia ausencia de dor e tristeza, nada tens , pois não estou para quem nada espera.
fiz uma chama na lareira do teu pensamento, penso eu
será preciso alimentar esse fogo que tarda em consumir-te?
que máscara terei eu de esculpir na pedra dos teus sonhos?
uma máscara cristalina , opaca ou espelhada?
em contornos que não defino, encaminho meus dedos na cegueira de dizer-te...
e não te digo, pois ainda não chegaste.
cansado da longa estrada sem linhas e entrelinhas, entorno a tinta seca no caderno dos teus olhos... é vento que te ofereço.
pois de mim, nada... apenas sombras de corpo ausente.
para ti que te queres cativa, não serei horizonte...
ainda assim ,atiro meu abraço ao vento suão, sem esperar nada mais senão, teu peito vivo do pulsar que em ti espero.
até qualquer dia.

2 comentários:

São disse...

Meu Deus, este é realmente um tempo de esperas e desecontros. Pelo menos, pelo que leio por este mundo internético...

Boa semana.

Justine disse...

Que despedida! Definitiva, ninguém sabe! Pungente, sim...