Mensagens

Imagem
 Entraram de mansinho para surripiar a Luz que o mestre trazia no seu âmago. Tentaram arrancar-lhe a palavra, mas nada. Nem a violência lhes trouxe o pretendido, apenas conseguiram a morte. Saíram carregados de escuridão e perderam-se. A semente corrompida, não pode brotar em direção à Luz. 
Imagem
  Ai a Poesia!  São timoneiros os que a declamam, capitães os que a escrevem e  navegadores os que avidamente a sorvem.  Tenho tido uns encontros felizes com a poesia:  ora no acaso da viagem, ora na louca transgressão da palavra escrita.  Não tenho regras.  Nunca as tive , pois ler e escrever é, em mim, um ato impulsivo.  Respeito a conservação lexical, a almofada gramatical e a sintaxe ordenada.  Mas não sei nada disso  e não me peçam para saber! Gosto da confortável desordem com que alinho as ideias díspares no meu fraseado léxico!  Há nos académicos toda a ciência necessária para descodificar as escritas várias,  mas há nas escritas várias algumas tresloucadas que desafiam a ciência dos já citados académicos.  A borrasca é selvagem, mas passageira,  já a tempestade ,essa, mesmo que sendo igualmente passageira, obriga a seguir descontrolado.  São estas odisseias no acaso que transformam o remanescente em mensa...
Imagem
 E já lá vão duas décadas!  Sim, foi há 20 anos atrás que o meu amigo Leandro, juntamente com o Abreu, me convidaram para o PAN de Morille. Naquela época tive de declinar, não deixando de agradecer, pois o meu trabalho em Julho era de recolta. Os meu pais tinham cerca de 6 hectares de pêssegos que tinham de ser colhidos e vendidos. Hoje a mesma área está ocupada por oliveiras ainda jovens. O que me liberta nesta época do ano. Por mais incrível que pareça ainda não logrei estar por Morille no festival ! Todos os anos tenho outras coisas prementes ou inadiáveis para fazer. Agora. fica aqui a promessa que irei reservar o terceiro fim de semana de Julho para esse fim e que só em caso de força maior é que não irei até Morille!  O PAN é um festival transfronteiriço de Poesia e Arte de vanguarda em meio rural ( Natureza). A sua edição em Portugal começou na aldeia de Carviçais ( Torre de Moncorvo) e teve lá duas edições. Parou um ano ( alguns desentendimentos com as parcerias lo...
Imagem
Tinha (pelo menos) duas alcunhas. O António ora era "marau" , ora era " maluco" . O António tinha o condão de nos fazer rir com as mais inesperadas situações e das mais inusitadas formas. Seria essa faceta que lhe valia a alcunha de maluco, digo eu. Já quanto à outra, não faço ideia. Nunca perguntei.  Dele eu era amigo, tal como ele sempre foi meu amigo. E sem alcunhas, apenas com a certeza de ele ser António e eu ser Duarte.  Voltemos ao seu dom particular que era a arte de nos fazer rir. As noites bem regadas, e a música. Sempre foram ingredientes com os quais convivi bastante tempo. Ia aprendendo vendo sobre a portugalidade todos os detalhes que a vida me ia ( e vai ) fornecendo.  O " Manuel ceguinho" era uma das músicas que cantava o António, nas noites de violas com os Rebolhos, tocadores e mecânicos de profissão. Descobria assim o popular castiço de que se reveste a nossa lusa realidade. " A mula da cooperativa" do Max acabaria por ouvir na...
Imagem
Vila Flor vista do baloiço na Serra da Lapa Ao longe, o nevoeiro do Vale esconde a estival terra do fogo adormecido.  O inverno descansa as fragas escaldadas, e deposita no seu manto, o frio sincelo que vadio se cansa e poisa nos ramos nus. O ciclo fecha-se no descansado olhar dos semideuses.    Abraço do Vale
Imagem
Isto era o Porto.  Claro que nunca toquei para arranjar uns cobres. Aqui o tocador era o cabeludo e eu apenas lhe pedi a viola emprestada para dar uns toques.  O Porto daquela época já tinha turistas, mas ( como se pode ver pela fachada na Rua Sampaio Bruno) ainda não era o Porto de agora.  Passaram cerca de 13 anos desde esta imagem e os moradores já não são os mesmos, não se ouvem pregões nas ruas, as tascas desapareceram e deram lugar ao comercio de camone para camone.  Saudades dessa Invicta. Abraços do Vale.   
Imagem
  Imagem de afp/getty images ( sem o cravo)  A Luz e as Trevas.  Nestes tempos em que a obscuridade tende a afetar as mentes menos prevenidas, ou que de alguma forma se deixaram levar por caminhos mais ímpios, urge realçar os valores que nos são transmitidos por Seres Bons.  Não se conquista a Liberdade sem fazer jus à Justiça, e não há Justiça possível sem Liberdade.  O que nos liberta dos algozes é a nossa capacidade de discernir.  O que é Bem ?  O que é Mal?  Será necessário sofrer com o Mal para conhecermos o Bem?  Será necessário uma noite escura para sentirmos a mais ínfima Luz?   O Papa Francisco partiu e não me manifestei, a Páscoa passou e não me manifestei, o 25 de Abril passou e não me manifestei. Não o consegui fazer por motivos que não irei citar aqui.  Fui lendo sobre a partida do Papa Francisco e relembrando as palavras de bondade e tolerância que ele nos transmitiu, fui assistindo ao hesitar de figuras da nossa praça...