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A mostrar mensagens de março, 2010

A boca da cena

debulhei os tinteiros .... estavam mil e uma palavras nas mãos manchadas e sem penas. preenchi de cor a pátria... gritavam as paredes indivisiveis mas a cor era só uma. o dramaturgo era falido, descrevera perdido na cena os passos errantes e sem deixas de uma tímida ninfa... e a plateia devoradora de almas estilhaçava seus critalinos olhares. abraço do vale

FÉ?

LADRÕES DE ALMAS !!! IDE ROUBAR SUOR AO MONTE! CAVAI COM AS UNHAS TRATADINHAS AS COVAS NOS ROSTOS CHAFURDADOS! NA CAUDA DOS MISTÉRIOS VIVEM OS LIMPA-CUS... ALELUIA FEZ-SE A MERDA!!! HAVERÁ BOCAS QUE CHEGUEM? OREMOS AOS SANTOS POIS DE PAPAS ESTAMOS FARTOS OREMOS GRITANDO É PRECISO CALAR MURMURIOS! AI .... FALSA FÉ, QUE OS CEGOS QUEREM E OUTROS BEM MAIS VISUAIS USAM... BENDITA SEJA A PALAVRA DO SENHOR MALDITOS SEJAM OS PASTORES QUE COMEM OS CORDEIROS ESPANTAM OS REBANHOS E DORMEM COM CADELAS!!! com a benção do vale ide pró raio que vos parta!

dia do quê?!

Matei à machada a porra do poema hoje não me apetece poesia, nem poetas, nem dias especiais hoje apetece-me trucidar as palavras, fazer jorrar tinta pelos fonemas mastigar papel , cuspí-lo na cara das canetas! as onomatopeias provenientes da sodomia da mensagem pelas mais selvagens imagens, sem metaforas à mistura a produzirem cacofonia rasgando toda a aliteração... encher o pleonasmo d' hiperbatos, nunca apontando para hiperbolas! quero caos na métrica, quero rima remendada ou até mesmo rota . quero que morram as ideias em partos prematuros. abraço doutroeu

futura viagem ao passado

mais uma viagem, n será a esperada, mas será certamente a necessária. O meu regresso à cidade onde cirandei pela última vez com o meu grande amigo (e não menos grande cozinheiro) Henrique e o Zé cigano(nada cozinheiro, mas condutor hablidoso), será feito de sabor especial. Ñão , não vai ser como da última vez em que saímos de Macedo de Cavaleiros às 4 da matina, todos menos sóbrios, que um alcoolico sem sindrome de abstinencia. Desta vez, porque já tive aquele ataque de juizo, vou como me tenho redesenhado: sóbrio. Mas com saudade à loucura que esteve para acontecer e que não irá ter lugar. Coisas que a razão desconhece. Irei ver a urbe, alguns amigos, e conterrâneos tb. Olharei em direcção ao Gerês , onde repousam memórias de manhãs ensonadas, à beira d'agua. Recordarei o Rui zuco, e o pessoal do Alto da Maia. As viagens d'improviso ,com violas , vinho e traçadinhos ,de Braga ao gerês... E desta vez, sim agora vou com outros propósitos. Vou ver a cidade com um olhar maduro , ...

colheita do povo

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Um sol primaveril Com manhãs d'inverno... Flores que temem Em fechar sorrisos. A recolta do pólen Não tem sido profícua! As abelhas dormem... Um chão de erva Grassa , daninha... Lavoiras que pedem Terra revolta Arados tratores Rasgando raízes. E a chuva... espera... Nos frutos prometidos Mora a esperança Das bolsas feridas De tão pouca bonança. Talvez um dia possamos Ir colhendo e saciando Um povo sem "amos" !!! abraço do vale imagem tirada de mediamoc.com(artbalanca/colheita do povo)

um silencio que me doi

lembro-me do som da tua voz quando cantavas com a avó minha mãe seguia ,as irmãs também naquela igreja onde os ecos não são infinitos, mas ouço a tua voz aquela voz que me convençeu da primeira vez que aquela senhora de agulha em riste me queria picar o rabo e lembro as gargalhadas ao lembrarem a minha reacção menina contando:"-picou-te o rabo e tu disseste: puta do caralho!!!" era bom rir contigo. aquele núcleo familiar, que se reunia em tua casa, irmãos emigrados da fome como era bom saciar aquelas crianças que te rodeavam e com que sabedoria o fazias, era paciência de quem é feito de bondade. já no bairro dos indios onde passava as minhas férias, matava a saudade descobriamos a fragada, caímos no cruzeiro , trepavamos às àrvores faziamos "vinho da amora silvestre", que acabava numa valente diarreia lembro-me... aquela fogueira do natal, em que eu , curioso como era quis ver a lenha e só vi o taipal... acordei muito depois e estavas lá a confortar a minha mãe e a ...

ENTIERRO DE LAS VOLUNTADES

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Neste domingo passado, eu a amaterasu e o leandro partimos para uma viagem. a minha bagagem era a pele de um ceginho , uma viola ,merenda (que entretanto ficára esquecida , em torre de moncorvo), o meu telemóvel (que veio a revelar-se tão inútil quanto os demais existentes). Acompanhado pela amizade dos meus companheiros, ria-me com a minha amaterasu de desgraçadinha pintada. o leandro deitando um olhar paciente e preocupado nos seus dois actores ,virou-se para os céus cinzentos,protestando de tanta chuva e.... tanta loucura a resvalarar dos risos estridentes, do ceginho e da desgraçadinha. O condutor, carlos d' abreu ( um homem empenhadíssimo na divulgação do património raiano e transmontano, douro incluido), ía falando dos pormenores arquitecturais e paisagístico do percurso, envolvendo história pelo meio. Barca d'alva. Chuvicos e chuva alternando com muito nublado. O caminho de ferro ,encerrado faz vinte e cinco anos, olhava triste para as águas do douro amarelado. A festa t...