sentido único
como é lindo o teu meio-sorriso é feito de agruras, banhado em seda. que belas mãos carregam teu fardo filhas de meias-vontades, escravas do tempo. bebo na aridez do teu olhar... o gelo que teimosamente guardo, é imune ao teu pulsar ! acredito no não-querer no vazio dos gestos na ausencia presente, acredito em nada, porque não pensar é nada ser. todos os cadaveres do mundo juntaram o silencio e calado, não canto... aprecio apenas a plenitude da morte. perfeita , incontornável, senhora de todos... a última e unica amante, dá-se a todos, e não provoca ciumes. como gosto que nada me venha a amar... até lá... sou. abraço do vale