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A lama do tempo que nos deram

o rosto vazio de coisa alguma, encaro da lama onde chafurdam os mais normais vizinhos de labuta, um sol cinzento e um cheiro a vento. Este brilho de choro a terra feita mar, ganha na chuva o seu poderoso aliado, e cresce feito torrente... fundindo-se nas nuvems frescas , aroma de um outono . Tenho a pele coberta de uma cor, e na pele o sorriso de um sol que m'esqueçe. açendo o meu candeeiro, e vejo no espelho perdido pela minha vontade, um espaço de parede exibindo minha única primavera... mas a ruga traiçoeira, guardou mil pensamentos e sabe-me a novembro esse abril encalhado. outroeu

Aos navegantes da merda.

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Aos herois de Portugal prostituto pobre e podre Aos herois de uma pátria adiada, aniquilida Canto odes , odiando não ser cidadão de uma bandeira verde e rubra Sendo apenas antimatéria de uma estrela anã... Canto sim. Mas com o refrão encalhado N'as armas , n'as armas que para mim apontam. cidadão liberto ou mesmo por prender às mais nefastas consequências do que é não ser jamais cidadão PORTUGUÊS. Quero dizer MERDA!, sem que nela me afunde Pois com tanto politiqueiro a obrar Merda é coisa tão vulgar Que até mesmo a Ofélia teria de morrer nela. abraço do vale

um 1/4 que até é meu

Este canto onde me sento é de luz ténue , Lampada de tecto, chão de restos, almofada de mortalha. Esta parede que me olha não tem janela, prima da outra que espia por cima do meu ombro e que , essa sim, tem janela (mas com portadas fechadas). A velha madeira que me acompanha, pela noite dentro num ranger de dobradiças, suporta-me os pesadelos os sonhos e os devaneios ou não suporta nada, apenas reage. Este canto que crava alguns silencios na minha ausencia é canto doutroeu, melodia sussurada ou poiso vagabundo. Descalço escrevo , arrefecendo os calos neste chão flutuante, onde pouco importa a cor, apenas o tropeço na barbaridade de fios entrelaçados, como ondas revoltas num mar de energia ... esta voz que esbarra na impedancia do ar que me sufoca, mais parece um nevoeiro de cigarros feito. mais uma chama... será esta que me vai libertar num último aperto , esganando os meus pulmões? Pouco importa, os calos continuam quentes, a parede vazia, e a janela fechada... Aqui sou eu. abraço vin...

Domingo

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hoje é 12 de setembro, bem podia ser 13... mas como ontem estivemos no dia 11 , hoje, inexorávelmente é o "pós aquilo" ou o "pré coisa e tal". Não que queira minimizar qualquer data ou acontecimento, somente que ,para cada acção temos uma reacção. umas lentas ,outras relampago, umas maquiavelmente arquitectadas ,outra cirurgicamente montada e levadas a cabo... e depois há as outras, aquelas que ainda não aconteceram( talvez por ainda não ser dia 13). Mas adiante, é Domingo. sinto-me mais velho qualquer coisita. A missa , como costume não esperou por mim. O campo ( onde reside toda a magia da gênese) esse sim , acontece com gente e outros "não gente"( mas não menos importante que as anteriores). Esqueço o mar (que há bem pouco vi), recolho a fruta que uma Primavera florida e um verão tórrido, se encarregaram de adoçicar. Voltando ao dia de ontem. Olhando para a televisão, ouvi coros lindíssimos, rostos emoldurados numa profunda(e real) tristeza, não vi o ...

Camaradagem

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imagem de ocastendo.blogs.sapo Tenho andado às voltas com as minhas tarefas de colheteiro, o tempo tem sido espremido até ao seu tutánico segundo. Mas lá consegui reunir um grupo de amigos do vale , metermo-nos no autocarro fretado pela organização de Bragança( não antes de, pelas 5 da manhã carregar o camião do frio com as toneladas de fruta apanhadas préviamente, recolher 3 amigos com as suas bagagens, fazer os telefonemas necessários, juntar a documentação de outros amigos e amigas que não puderam estar presentes devido ao falecimento de um familiar), e rumar à FESTA! Foi com bastante expectativa que estive presente na Atalaia. Este pequeno ( E ENORME) interregno, é-me vital, por ser o local onde a palavra camarada tem o sentido que sempre lhe atribuí. Alguns telefonemas depois e abraços sentidos, estava pronto para mais um fim de semana, onde iria repetir rituais que duram faz já alguns anos... uns aconteceram outros ficaram-se pela intenção. A palavra camarada, afinal, é mais den...

sentido único

como é lindo o teu meio-sorriso é feito de agruras, banhado em seda. que belas mãos carregam teu fardo filhas de meias-vontades, escravas do tempo. bebo na aridez do teu olhar... o gelo que teimosamente guardo, é imune ao teu pulsar ! acredito no não-querer no vazio dos gestos na ausencia presente, acredito em nada, porque não pensar é nada ser. todos os cadaveres do mundo juntaram o silencio e calado, não canto... aprecio apenas a plenitude da morte. perfeita , incontornável, senhora de todos... a última e unica amante, dá-se a todos, e não provoca ciumes. como gosto que nada me venha a amar... até lá... sou. abraço do vale

O mar não tem muros, mas há por lá burros que se farte!

quantas vezes será necessário? quem é o agressor? quem é o agredido? Desta vez em plenas àguas internacionais, um grupo de barcos foi brutalmente abordado , com actos dignos de autenticos piratas. morrerram pessoas outras ficaram feridas. Não. não eram palestinianos, não eram terroristas, não eram barcos de guerra , eram tão somente barcos com ajuda humanitária... Gregos e Turcos. O que raio anda a fazer a MERDA DA ONU? e a PORRA DA EUROPA? e os imperialistas dos STATES? Será que é desta ? será que vão isolar os israelitas? será que é mais importante um acto hediondo do que uma diferença ideológica? POIS POR DIFERENÇAS IDEOLÓGICAS EXISTEM ESTADOS ISOLADOS FAZ CERCA DE 50 ANOS!!! O QUE VALE MAIS ? A VIDA DE UM POVO, OU AS DIFERENÇAS IDEOLÓGICAS?! Com todo o respeito que tenho para alguns israelitas : eu quero que se fodam os porcos que mandam naquela merda que se chama "terra prometida". E prometida por quem? FILHOS DA PUTA!!! fora a mãe deles que não tem a culpa toda. QUEREMO...

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Fiz da pedra da calçada A poesia que faltava A cinzel esculpi multidões Um martelar solto cadencia novos passos Em campos e searas aprumam-se as ceifeiras E se tiver de caminhar sobre o gume de uma foiçe Caminharei de cravo ao peito , de pedra em riste Apressai-vos companheiros Pois a noite não demora... um vale de abraços

A boca da cena

debulhei os tinteiros .... estavam mil e uma palavras nas mãos manchadas e sem penas. preenchi de cor a pátria... gritavam as paredes indivisiveis mas a cor era só uma. o dramaturgo era falido, descrevera perdido na cena os passos errantes e sem deixas de uma tímida ninfa... e a plateia devoradora de almas estilhaçava seus critalinos olhares. abraço do vale

FÉ?

LADRÕES DE ALMAS !!! IDE ROUBAR SUOR AO MONTE! CAVAI COM AS UNHAS TRATADINHAS AS COVAS NOS ROSTOS CHAFURDADOS! NA CAUDA DOS MISTÉRIOS VIVEM OS LIMPA-CUS... ALELUIA FEZ-SE A MERDA!!! HAVERÁ BOCAS QUE CHEGUEM? OREMOS AOS SANTOS POIS DE PAPAS ESTAMOS FARTOS OREMOS GRITANDO É PRECISO CALAR MURMURIOS! AI .... FALSA FÉ, QUE OS CEGOS QUEREM E OUTROS BEM MAIS VISUAIS USAM... BENDITA SEJA A PALAVRA DO SENHOR MALDITOS SEJAM OS PASTORES QUE COMEM OS CORDEIROS ESPANTAM OS REBANHOS E DORMEM COM CADELAS!!! com a benção do vale ide pró raio que vos parta!

dia do quê?!

Matei à machada a porra do poema hoje não me apetece poesia, nem poetas, nem dias especiais hoje apetece-me trucidar as palavras, fazer jorrar tinta pelos fonemas mastigar papel , cuspí-lo na cara das canetas! as onomatopeias provenientes da sodomia da mensagem pelas mais selvagens imagens, sem metaforas à mistura a produzirem cacofonia rasgando toda a aliteração... encher o pleonasmo d' hiperbatos, nunca apontando para hiperbolas! quero caos na métrica, quero rima remendada ou até mesmo rota . quero que morram as ideias em partos prematuros. abraço doutroeu

futura viagem ao passado

mais uma viagem, n será a esperada, mas será certamente a necessária. O meu regresso à cidade onde cirandei pela última vez com o meu grande amigo (e não menos grande cozinheiro) Henrique e o Zé cigano(nada cozinheiro, mas condutor hablidoso), será feito de sabor especial. Ñão , não vai ser como da última vez em que saímos de Macedo de Cavaleiros às 4 da matina, todos menos sóbrios, que um alcoolico sem sindrome de abstinencia. Desta vez, porque já tive aquele ataque de juizo, vou como me tenho redesenhado: sóbrio. Mas com saudade à loucura que esteve para acontecer e que não irá ter lugar. Coisas que a razão desconhece. Irei ver a urbe, alguns amigos, e conterrâneos tb. Olharei em direcção ao Gerês , onde repousam memórias de manhãs ensonadas, à beira d'agua. Recordarei o Rui zuco, e o pessoal do Alto da Maia. As viagens d'improviso ,com violas , vinho e traçadinhos ,de Braga ao gerês... E desta vez, sim agora vou com outros propósitos. Vou ver a cidade com um olhar maduro , ...

colheita do povo

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Um sol primaveril Com manhãs d'inverno... Flores que temem Em fechar sorrisos. A recolta do pólen Não tem sido profícua! As abelhas dormem... Um chão de erva Grassa , daninha... Lavoiras que pedem Terra revolta Arados tratores Rasgando raízes. E a chuva... espera... Nos frutos prometidos Mora a esperança Das bolsas feridas De tão pouca bonança. Talvez um dia possamos Ir colhendo e saciando Um povo sem "amos" !!! abraço do vale imagem tirada de mediamoc.com(artbalanca/colheita do povo)

um silencio que me doi

lembro-me do som da tua voz quando cantavas com a avó minha mãe seguia ,as irmãs também naquela igreja onde os ecos não são infinitos, mas ouço a tua voz aquela voz que me convençeu da primeira vez que aquela senhora de agulha em riste me queria picar o rabo e lembro as gargalhadas ao lembrarem a minha reacção menina contando:"-picou-te o rabo e tu disseste: puta do caralho!!!" era bom rir contigo. aquele núcleo familiar, que se reunia em tua casa, irmãos emigrados da fome como era bom saciar aquelas crianças que te rodeavam e com que sabedoria o fazias, era paciência de quem é feito de bondade. já no bairro dos indios onde passava as minhas férias, matava a saudade descobriamos a fragada, caímos no cruzeiro , trepavamos às àrvores faziamos "vinho da amora silvestre", que acabava numa valente diarreia lembro-me... aquela fogueira do natal, em que eu , curioso como era quis ver a lenha e só vi o taipal... acordei muito depois e estavas lá a confortar a minha mãe e a ...

ENTIERRO DE LAS VOLUNTADES

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Neste domingo passado, eu a amaterasu e o leandro partimos para uma viagem. a minha bagagem era a pele de um ceginho , uma viola ,merenda (que entretanto ficára esquecida , em torre de moncorvo), o meu telemóvel (que veio a revelar-se tão inútil quanto os demais existentes). Acompanhado pela amizade dos meus companheiros, ria-me com a minha amaterasu de desgraçadinha pintada. o leandro deitando um olhar paciente e preocupado nos seus dois actores ,virou-se para os céus cinzentos,protestando de tanta chuva e.... tanta loucura a resvalarar dos risos estridentes, do ceginho e da desgraçadinha. O condutor, carlos d' abreu ( um homem empenhadíssimo na divulgação do património raiano e transmontano, douro incluido), ía falando dos pormenores arquitecturais e paisagístico do percurso, envolvendo história pelo meio. Barca d'alva. Chuvicos e chuva alternando com muito nublado. O caminho de ferro ,encerrado faz vinte e cinco anos, olhava triste para as águas do douro amarelado. A festa t...

Vultos in temporais

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cortinas de espuma barria arrastam o mais leve sonho atirando ao mar bravio crianças feitas homems ribeiros choram casas riachos cospem carros a montanha desceu a praia a cidade pintou-se de lama. na madeira um jardim virou entulho e carne dinheiros que por fim não serviram para nada. nos bolsos de quem o teve apressadamante planeou território ordenou e quem pobre era, se manteve. quem nada tem perda a vida quem pouco tem tudo perde quem muito tem pobre fica pois quem tem tudo, de nada serve. como disse o caetano que "o Haiti é aqui" também digo(e não me engano) "e agora, que não há aqui?" globalmalmente enganados à merçê de tempos bravios de que nos vale o fado? de que nos vale os gritos? poder é : termos o direito à partilha termos direito a ter direitos neste continente feito de ilhas com gente que o poder fez. abraço do vale , triste e solidário.

PARECE QUE FOI ONTEM

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naquele dia que nos levou até hoje desenhaste as estradas com cantos de liberdade silencios morrem ao som que é eco da tua alma em nós plantada esquecer? como? se somos fruto da mesma árvore! que toquem alto a nossa liberdade pois ,gente surda, teima em não ouvir o voo ao vento das asas dos teus versos. ..............no vale ainda se canta.

janela aberta com persiana corrida

quando as tuas tardes são minhas manhãs, pinto girasois na tua janela virada para um futuro possível... quando no alto do teu castelo, princesa, apelas, respondo com o mais sonoro sorriso e o mais envolvente abraço... mas quando em ti nada mais existe, senão ganancia ausencia de dor e tristeza, nada tens , pois não estou para quem nada espera. fiz uma chama na lareira do teu pensamento, penso eu será preciso alimentar esse fogo que tarda em consumir-te? que máscara terei eu de esculpir na pedra dos teus sonhos? uma máscara cristalina , opaca ou espelhada? em contornos que não defino, encaminho meus dedos na cegueira de dizer-te... e não te digo, pois ainda não chegaste. cansado da longa estrada sem linhas e entrelinhas, entorno a tinta seca no caderno dos teus olhos... é vento que te ofereço. pois de mim, nada... apenas sombras de corpo ausente. para ti que te queres cativa, não serei horizonte... ainda assim ,atiro meu abraço ao vento suão, sem esperar nada mais senão, teu peito vivo ...

REVOLTA NO CIBERESPAÇO

CULPABILIZAM-ME ASSIM DE Q'RER MUNDOS SÓ PRA MIM QUERO SÓ PENSAR POR MIM NÃO SOU DE TI,NEM DE UM LINK, QUE PODES AGRAFAR COPIAR OU COLAR SEU CORPO ARRASTAR KAPAS EM PASTAS EDITAR... A PALAVRA PENSADA ESCRITA NÃO É OUVIDA, POR MUITO QU'ENCAMINHES DE FORMA REPETIDA, SÃO SUSSURROS SEM ECOS NA RUA ONDE CRESCE O VAZIO DO VOO DAS PEDRAS QU' EM MÃOS AMACIADAS DAS TECLAS OU TECLADOS ESQUECEM A FIRMEZA QUE É NOSSA NATUREZA. NO MEU CPU AVARIADO, O RATO ROEU PLACA GRÁFICA MOTHER BORDER! OU FUCKER! NÃO VEJO IF I SCAN AS POLEGADAS ESTÃO MINADAS SÃO INCH À LA MANIERE DE VER TUDO À L'ENVERS... abraço do vale

PARAR PARA PENSAR

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parar para pensar... às vezes é melhor ir andando e pensar um pouco! mete-me confusão determinadas expressões. se parar é morrer... será que há vida depois da morte? deve haver alguma coisa, menos pensamentos post-mortem!!! eu sei, existem diversos tipo de morte... mas eu prefiro ir andando,já que morrer é a única certeza que temos( juntamente com as certezas de termos nascido, comido, mijado, cagado, estudado, feito amor, e outras merdas que agora não me lembro....). Pois sigo o meu caminho , aos tropeções , meio atarantado com as cabeçadas que já dei, encontrando outros caminhos (uns mais sinuosos, outros menos), apreciando a paisagem enquanto o tempo(que não para) me deixa... fazê-lo. Quem corre por gosto não cansa! eu cá prefiro a marcha! cansa menos. dois passos pra frente, um para trás.......... e se fosse um de cada vez?! é menos confuso, mais natural... e não fico com ar de bailarino!!! Tenho tido um gosto especial por dias longos, sujeito a coisas antagónicas: estar no campo c...
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enfrentei tua sombra despida jazia num passeio poisada ao lado de um brilho... era minha mão armada que te quis sombra nua. bailei louco sob os silvos da metralha dos olhares em teu fogo consumado construí um abrigo.... e em cinza , petrifico-me. do vale até montanha passei pela face oculta da lua fui sombra na sombra nunca nu , mas despido do manto velho que me deram.
eram ondas do mar enroladas nos teus braços, desviando meu olhar na viagem em teu regaço. com passos de gata frágil t'esgueiravas como a brisa vádia... numa manhã que sorria que te olhava e se abria... eras aquela que eu chamava baixinho, quando nos meus pensamentos tu vinhas de mansinho... acordando verdes musas caem versos nest'alvura, que de pele e candura aconchegam meu ninho. quem te viu n'areia de uma praia lusitana, canta devaneia constroi sonhos sem tormentos... quem te não viu sereia sentiu canções e fados, em solos fugidios... numa manhã que sorria que te olhava e se abria.... abraço deste vale este "textito" foi escrito para uma composição musical de filipe e vítor Rebolho. nota: na canção, "aquela" é substituida por amália.

amanhecer

chove... nada tenho senão nuvens poiso olhares em almofadas cinzentas e de alma lavada , nasçi outro... outro eu da preocupação pela mudança do que teima em não mudar passei à mudança dos passos que dou sem voar, com sonhos feitos à medida do ser que construo. não tombei... apenas deixei o brilho ofuscante de mil e uma estrelas sonhar galáxias, enquanto digeria meu planeta inventado. não fui o que esperei? também o não foram... apesar de esperar. esperaram mais ? nada pude dar... pois nada senti nem tive o direito de ser assistido , quando o pedi. falhei? pois talvez tenha reagido por simpatia... e por quem não veio, esperaram. nunca tive jeito para ser humano, muito menos para ser estatística! tenho sempre cravado em mim o sorriso de infindáveis amizades, onde a palavra fraternidade, teima em ser esquecida... e esqueço, lembrando-me mais tarde ou tarde demais. não contarei mais com quem me quer um mero número inscrito, no meio de tantos outros... que se cansam. contarei, isso sim, com...

ocaso

acabou. esta máscara está gasta no baú das recordações nada... silenciosamente saio de cena com a sensação de que valia a pena com a certeza de que não fui chamado confirmando a condição de seres humanos arrepeso do que não fiz deixo quem promete e quem me dá mas também deixo quem nada fez para que fosse possível sermos uma irmandade coesa. não tenho pena de quem foi fachada pois essa condição manter-se-há, faça o que faça , não passo de um número de acrobacia conseguindo chegar ao lusco-fusco antes do estertor. obrigado para quem cá passou, obrigado para quem se lembrou e depois esqueçeu, obrigado para quem merece. adeus. abraço do vale